O bruxo que enlouqueceu
Bem-vindos ao ano de 2040! Por determinação do Ministério da Magia Britânico, foi criada a primeira universidade bruxa, o Instituto de Magia Luminara, que carrega esse nome em referência ao mito da cidade lendária que se perdeu em algum momento da história antiga. Guarde essa informação!
Luminara está sob a reitoria de Baraenor Ulisses Phantomhive, ou apenas Bara, um bruxo experiente que liderou por décadas as forças de segurança do Macusa, além de ser um estudioso de magia antiga e amigo do excêntrico arqueólogo Hank Evans, que está em busca da cidade lendária, lembra? Ela mesma, Luminara!
Em sua última expedição pela Eslovênia, Hank descobriu uma caverna oculta magicamente. E quanto mais adentrava o lugar, maior parecia ser e, obviamente, estava repleto de armadilhas que nenhum bruxo moderno seria capaz de preparar. Nosso arqueólogo já econtrava-se repleto de ferimentos superficiais, quando finalmente localizou uma câmara e, abusando dos seus conhecimentos e pesquisas, conseguiu entrar. Quer saber como? Pergunte a ele! O que nos interessa aqui é que, no interior daquele lugar, havia um altar destruído, alguns esqueletos e uma tumba vazia… Ou quase, não fosse por um prisma negro, do tamanho de uma goles, que Hank apanhou em suas mãos e após não conseguir extrair nada, o guardou em sua mochila. Contudo, aquele que mais parecia um salão de sacrifícios estava repleto de escritos antigos, escritos esses que o arqueólogo conseguia ler.
Ele foi descuidado…
Aprisionada está toda a maldade, sentenciada pela luz de Luminara ao esquecimento eterno. Perdida nas sombras que tanto adoraste. Prisão e trevas em teu leito.
Em sua ânsia por descobrir mais, Hank voltou a tomar posse do prisma, lançou sobre ele a luz da varinha e proferiu a palavra liberdade no idioma perdido. O lugar começou a tremer, o feitiço Lumus se foi sem a ordem do seu bruxo e o prisma negro girou em pleno ar, quebrando-se como se fosse de vidro. Assustado, o arqueólogo tentou por várias vezes iluminar o lugar usando Lumus, Lumus Maxima, Lumus Solem, Incendio… Mas sua varinha não o respondeu. Então sentiu uma presença sinistra atrás de si, suficiente para arrepiar sua nuca e rapidamente se virou.
Hank nunca tinha visto um ser tão assustador. Parecia humano, mas seus olhos estavam irradiando uma maldade incomensurável, algo além das capacidades dos seres humanos. Tal ser segurou a cabeça de Hank, quebrando sua oclumência como se fosse nada, invadindo suas memórias e extraindo até mesmo seu idioma nativo. Quando acabou, a criatura finalmente falou e sua voz era gutural:
— Tu, que me libertaste, será poupado neste que é o início do fim. Irás presenciar minha ira sobre os povos, o mar de sangue e desespero em que atirarei a todos. No fim, todos vão morrer, afogados no sofrimento que lhes é direito.
Não houve um segundo contato físico, mas de alguma maneira Hank teve a impressão de ter aparatado através de alguém. De repente, ele estava nu em pleno Beco Diagonal e não demorou a ser detido pelos aurores. Na primeira página do Profeta Diário estava a notícia: Famoso arqueólogo perde a sanidade e é encontrado nu no Beco Diagonal.